PL das Fake News substitui sistema de responsabilidade das plataformas digitais

Enquanto aguardava a data de votação da Câmara dos Comuns, foram feitas emendas ao Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, para facilitar a aprovação do texto. O mais recente deles visa substituir os regulamentos de responsabilidade da plataforma digital por conteúdo impulsionado. Não é uma responsabilidade solidária automaticamente compartilhada, mas uma responsabilidade subordinada causada pela falta de responsabilidade do cliente.

Segundo o relator Orlando Silva (PCdoB-SP), “A identidade do anunciante é identificada, então a responsabilidade é em grande parte do anunciante. Os responsáveis ​​são os técnicos responsáveis ​​pela linha”.

A mudança foi comentada por Silva na 3ª Conferência Brasileira de Internet, em Brasília, na quinta-feira (22). O correspondente do Fake News PL também falou em três pontos de acordo para votação do projeto.

  • o avanço da votação separada de trechos polêmicos;
  • um regime de responsabilidade que pode evitar a resistência absoluta das plataformas online enquanto desempenha um papel na compensação por danos.;
  • criar ou nomear uma autoridade supervisora.

Trechos polêmicos significam indenização aos detentores de direitos autorais sobre jornalismo e plataformas digitais. Silva disse que a pauta será votada individualmente. “O relator, tenente-general Elmer Nascimento (Ounian BA), está confiante de que será possível avaliar no dia 8 de agosto.

“A segunda questão sensível diz respeito ao regime de responsabilidade da plataforma, e estou convencido de que melhorias não detalhadas podem ser feitas. A mudança para acessória pode ser um gesto do Congresso para influenciar o mercado, permitindo que a indústria entenda que queremos produzir resultados que oneram a plataforma, é um novo sistema de responsabilidade que visa compensar, sem comprometer”.

Imagem: Freepik

Segundo Silva, essas mudanças devem gerar menos objeções e maior aceitação da proposta. “Estas são as diferentes questões que unem a resistência. Estamos tentando esmagar resistência contra resistência”, disse o legislador. “Existem questões delicadas aqui, mas é muito importante dar um sinal às multinacionais que operam aqui de que estão tentando incluí-las para que não sejam derrotadas.” Porque se você insistir na sua atitude, vai perder. ”

Projeto de Fake News: Anatel é favorecida por parlamentares como candidato a órgão regulador

Outra questão é a escolha do órgão responsável por fiscalizar e, em última instância, sancionar o descumprimento do disposto no PL 2630/20. A potencial decisão já foi criticada por diversos grupos em diversas áreas. “Em relação à estrutura regulatória que será revelada na última hora, estamos empacados.” • Há compromissos do presidente Lira e do presidente Rodrigo Pacheco. Todos sabemos que a Suprema Corte estabeleceu um novo prazo para o Congresso nos impedir de voltar às decisões judiciais, ações judiciais e todas as tensões institucionais que as acompanham. ”

Já foram mencionadas várias empresas existentes que poderão assumir o papel de reguladoras das plataformas digitais. Em maio, um relator da proposta em plenário reconheceu que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) seria a escolha ideal para ocupar esse papel. “Reivindicações da Anatel: Temos o órgão, os recursos, a operadora, já estamos regulamentando, e é de conhecimento do Congresso, e pode ser contestada por regulamentações de setores diversos e interligados, provedores de infraestrutura e provedores de aplicativos. borda? conversamos para encontrar um caminho. Para a Antel, que ajustes precisam ser feitos para ser o mais eficaz possível? No mundo real, queremos 50% mais 1, então contamos os votos para ver qual proposta recebe mais votos. E isso leva à tentação do Senado de ratificar os documentos que o Congresso vota”, admite o relator.

Brecha de autorregulação das plataformas digitais

No início deste mês, na Esfera Brasil em São Paulo, Silva sugeriu que a proposta poderia ser reaberta, prevendo a autorregulação das empresas de tecnologia para conter a disseminação de conteúdo falso. A questão, proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seria uma forma de obter consenso na Câmara dos Deputados.

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O relator sugeriu que a Associação Brasileira das Empresas dos Mercados Financeiro e de Capitais (Ambima) seria um bom modelo para reguladores de empresas de tecnologia. “A Ambima é uma empresa privada, autorregulada e regulada pelo Banco Central e pela CVM. “Nesse sentido, acho que a Anatel pode resolver alguma coisa tornando-se uma agência estatal responsável”, afirmou o deputado.

A proposta da Comissão Especial de Direito Digital do Conselho Federal da OAB prevê um sistema tripartite para a aplicação da lei. Pela proposta, o Conselho de Política Digital (CPD) seria responsável por fiscalizar o compliance por meio da análise de riscos sistêmicos e relatórios de transparência regularmente emitidos pela plataforma. Nesses documentos, as empresas de tecnologia detalham as ações que tomaram em relação ao conteúdo ilegal de terceiros. A partir daí, o Congresso poderia impor multas.

O Conselho é formado por membros e representantes indicados por três partidos: Anatel, Conselho Administrativo Econômico e de Defesa (Cade), Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e a própria OAB. Órgão autorregulador formado por representantes de plataformas digitais responsáveis ​​por gerenciar o conteúdo e ajudar a determinar quais postagens podem violar a lei e devem ser removidas. Por fim, o terceiro pilar é de responsabilidade do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), responsável por pesquisar e emitir as diretrizes da plataforma e as recomendações do código de conduta.

Via Convergência Digital

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